Processo n° 614.019/2019

Tomada de Preços n° 005/2019

Objeto: Contratação de empresa especializada para capeamento asfáltico e sinalização viária de trecho das Ruas do Centro da Cidade de Jardim do Seridó/RN.

TERMO DE REVOGAÇÃO

A PREFEITURA MUNICIPAL DE JARDIM DO SERIDÓ, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, por sua autoridade superior, o Sr. José Amazan Silva, no uso das atribuições legais,  por razões de interesse público a seguir aduzidas, resolve REVOGAR o processo licitatório supracitado, que tem por objeto a Contratação de empresa especializada para capeamento asfáltico e sinalização viária de trechos das Ruas do Centro da Cidade de Jardim do Seridó/RN”.

Inicialmente, registra-se que a revogação da licitação encontra fundamentação legal no art. 9º da Lei nº 10.520/2002 c/c o art. 49 da Lei nº 8.666/93 e na Súmula do Supremo Tribunal Federal nº 473.

Compulsando aos autos, destacam-se fatos supervenientes que se contrapõem ao prosseguimento do feito, especialmente, o acordado na ação civil pública nº 0800655-18.2019.8.20.5117.

Conforme o apontamento acima, em juízo de discricionariedade, levando em consideração a conveniência e oportunidade do órgão licitante em relação ao interesse público, é cabível a revogação do certame, conforme ensina Marçal Justen Filho[1], in verbis:

“A revogação do ato administrativo funda-se em juízo que apura a conveniência do ato relativamente ao interesse  público. No exercício de competência discricionária, a Administração desfaz seu ato anterior para reputá-lo incompatível com o interesse público. (1...).

Após praticar o ato, a Administração verifica que o interesse público poderia ser melhor satisfeito por outra via.  Promoverá, então, o desfazimento do ato anterior”.

Portanto, a Revogação é o ato apto a viabilizar o desfazimento da licitação e a suspensão da celebração de um futuro contrato com base em critérios de conveniência e oportunidade.

O que deve ser observado é o interesse público, hasteado no princípio da economicidade, impessoalidade e isonomia. A Administração Pública deve estabelecer medidas no sentido de si salvaguardar do altíssimo risco de depreender-se tempo e recursos públicos, adjudicando o objeto do certame àquela proponente sem, no fim, obter o resultado almejado.

No mais, há entendimento pacífico de nossos tribunais, que a Administração Pública se encontra respaldada no presente caso, com base na Súmula 473 editada pelo Supremo Tribunal Federal, in verbis:

Súmula 473:

“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.”

Por fim, com fulcro no art. 49 da Lei 8.666/93, c/c art. 109, I, “C” da Lei 8.666/93 e termo de audiência de instrução realizada no dia 12/07/2023, decido pela revogação da presente licitação.

Jardim do Seridó/RN, 17 de julho de 2023.

 

 

José Amazan Silva

Prefeito Municipal

 

 



1Comentários à Lei das Licitações e Contratos Administrativos, 9ª ed., São Paulo, Dialética, 2002, p. 438.