A Semana de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, organizada pela Prefeitura de Jardim do Seridó, através da secretaria municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social (SEMTHAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), iniciada na última segunda-feira, dia 18 de maio (Dia Nacional da Campanha), com um Comando Educativo foi encerrada neste sábado (23), com a realização de uma visita e panfletagem na feira-livre com a participação dos envolvidos na campanha.

Na tarde desta sexta-feira (22), aconteceu uma grande caminhada pelas principais ruas e avenidas da cidade, pedindo maior atenção da população para que denuncie crimes dessa natureza, de forma que se possa garantir a efetiva proteção às crianças e adolescentes. A caminhada partiu do Terminal Rodoviário e teve a sua conclusão na Praça Dr. José Augusto, onde houve exposições de cartazes feitos pelos estudantes jardinenses. A programação durante a semana incluiu ainda a realização de outras atividades.

Antes da saída, o coordenador do CREAS, Gilvan Cabral, convidou a todos a prestar uma justa e merecida homenagem póstuma, a ex-psicóloga do município, Natália Tâmara Felipe Macêdo, de 24 anos, assassinada com vários golpes de faca na manhã de ontem (22) em São Gonçalo do Amarante, cidade da Grande Natal. O corpo da jovem foi encontrado numa estrada carroçável. Um vizinho foi preso e na manhã deste sábado (23) confessou o crime.

Em Jardim do Seridó, as vítimas de abuso e exploração sexual são amparadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Presente ao evento, o Prefeito Padre Jocimar Dantas chamou a atenção de todos para cada vez mais fortalecer a rede de aliados na luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, denunciando os casos de violência no Disque 100. “Muitas vezes as vítimas têm os seus direitos violados dentro de suas próprias casas”, alertou.

Histórico

A data instituída pela Lei nº 9.970, de 17 de maio de 2000, através de uma ação do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, foi escolhida em função de um crime que comoveu o Brasil, ocorrido na cidade de Serra, vizinha à cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973. Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Sanches Crespo, de oito anos, foi espancada, violentada e assassinada. Os suspeitos do crime eram pessoas ligadas a duas famílias ricas do Espírito Santo e, apesar da repercussão e da cobertura da mídia, o caso ficou impune.